A gestão da cadeia de suprimentos, ou Supply Chain Management (SCM), tem um papel estratégico nas operações de qualquer empresa, influenciando diretamente custos, prazos e qualidade dos produtos entregues.

Nos últimos anos, essa área passou por mudanças com a adoção de novas tecnologias e a evolução da Indústria 5.0. A automação, a inteligência artificial e a conectividade trouxeram mais precisão no controle de estoques, transporte e distribuição, tornando os processos mais ágeis e integrados.

Neste artigo, exploraremos como a Indústria 5.0 está redefinindo a gestão da cadeia de suprimentos, destacando inovações aplicadas ao setor e apresentando práticas adotadas por empresas que buscam mais previsibilidade e competitividade. Além disso, você encontrará um checklist prático para avaliar o desempenho do seu negócio nesse cenário. Vamos lá!

O que é a gestão da cadeia de suprimentos?

A gestão da cadeia de suprimentos planeja, executa e controla as operações que envolvem fluxo de materiais, informações e finanças de uma empresa, desde a aquisição de matéria-prima até a entrega do produto ao consumidor.

Para entender a relevância do SCM, ele envolve todas as etapas do processo, desde compras e produção até armazenamento, transporte e distribuição, buscando tornar as operações mais dinâmicas, cortar desperdícios e aprimorar a experiência do cliente.

Com um bom gerenciamento da cadeia de suprimentos, as empresas reagem com respostas mais rápidas às mudanças de mercado e às necessidades dos consumidores, reduzindo desperdícios e mantendo o equilíbrio entre oferta e demanda.

O Supply Chain da Indústria 5.0

A Indústria 5.0 definitivamente chegou como a nova fase da evolução industrial, tornando a colaboração entre seres humanos e máquinas inteligentes uma peça central no trabalho.

Nesta etapa, o ser humano é posto no centro de operações, utilizando tecnologias avançadas para ampliar a sua criatividade e personalização. Para a gestão da cadeia de suprimentos, isso significa maior flexibilidade para encontrar soluções, capacidade de adaptação a novos desafios e crescente integração entre diferentes etapas.

Quem é responsável pela área?

Profissionais de diferentes áreas trabalham com a gestão da cadeia de suprimentos, sendo ela uma função multidisciplinar, envolvendo áreas como logística, produção, compras e TI.

Apesar disso, os principais responsáveis são:

• Gerentes de supply chain;
• Diretores de operações;
• Gestores de logística e distribuição;
• Analistas de planejamento e demanda.

Além destes líderes, que coordenam as atividades e garantem que os produtos cheguem ao ciclo final com presteza e economia, também fazem parte do processo as equipes especializadas em análises de dados e relacionamento com fornecedores, por exemplo.

Quais são as principais tendências de supply chain?

A gestão da cadeia de suprimentos está passando por mudanças, impulsionadas por novas tecnologias, demanda por operações mais sustentáveis e a necessidade de maior previsibilidade nos processos. 

Empresas que adotam essas inovações melhoram o planejamento, otimizam recursos e se adaptam rapidamente às oscilações do mercado. A seguir, exploramos as principais tendências que estão moldando o futuro do supply chain.

Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas possui uma grande influência sobre a nova era do SCM. Equipamentos, veículos e produtos são conectados a sensores que medem condições em tempo real, como temperatura, umidade, localização e status de entrega.

Com essas informações, a cadeia de suprimentos se torna mais visível, ajudando a otimizar rotas e prevenir falhas, diminuindo custos operacionais. 

Cadeia de suprimentos autônoma

Desde a chegada da Indústria 4.0, a automação e conectividade se tornaram uma peça fundamental dos processos. Com os avanços da automação avançada e da inteligência artificial na atual etapa, as cadeias de suprimentos estão progressivamente mais automatizadas, com máquinas e sistemas tomando decisões sem a necessidade de intervenção humana.

Hoje em dia, possuímos robôs que ajudam a organizar estoques, veículos autônomos que realizam entregas e algoritmos que ajustam a produção de acordo com a demanda em tempo real!

Omnichannel

Com as novas soluções tecnológicas, clientes desejam experiências sem atritos e mais fluídas, seja comprando online ou fisicamente. 

Por conta disso, o omnichannel deve permitir a integração de diferentes canais de vendas e distribuição com mais facilidade, tornando as cadeias de suprimentos mais ágeis e dinâmicas, o que garante que produtos estejam disponíveis para clientes quando e onde eles quiserem.

Digitalização e automação

A automação de tarefas repetitivas e a digitalização de processos são tendências da nova era. Sistemas como ERP (Enterprise Resource Planning) e WMS (Warehouse Management Systems) se tornam mais inteligentes, chegando ao momento em que integram dados que permitem a tomada de decisões em tempo real.

Com isso, colaboradores ficam mais livres para atividades mais estratégicas, o que aumenta a produtividade da empresa, além de aumentar a precisão de decisões, tomadas com base em dados.

Inteligência Artificial

Por último, a Inteligência Artificial transformou a gestão da cadeia de suprimentos. Com a análise de grandes volumes de dados por parte da machine learning, padrões, tendências e ações são aprendidos e sugeridos, desde a otimização de rotas até a previsão de demandas.

A IA do ERP da WK Radar é um excelente exemplo. A Mik traz análises financeiras no WhatsApp e Telegram para o gestor que pergunta sobre dados financeiros, que estão integrados no sistema. Ao invés de procurar em relatórios, é possível ter respostas ainda mais rápidas para decidir pelos melhores investimentos, andamento de pagamentos, etc.

Melhores práticas na gestão da cadeia de suprimentos

As mudanças introduzidas pelas novidades tecnológicas também foram traduzidas em novos conhecimentos e soluções para o sucesso operacional das empresas. Veja quais as melhores práticas que estão sendo adotadas atualmente para otimizar o processo.

Planejamento estratégico

O planejamento estratégico é o alicerce de uma boa gestão da cadeia de suprimentos. Neste processo, é necessário definir metas claramente e criar um roadmap para garantir sua conclusão. 

Para isso, um bom planejamento incluirá a análise de diferentes cenários, a alocação inteligente de recursos e a integração de departamentos. Com isso, a empresa conseguirá antecipar problemas e aproveitar oportunidades, mantendo a operação fluída e longe de incertezas.

Gestão de riscos

A gestão de riscos protege a cadeia de suprimentos de disrupções que possam impactar negativamente as operações. Esse processo envolve:

• Localizar riscos, mapeando possíveis ameaças como desastres naturais ou atraso de fornecimento.
• Diversificar fornecedores, visando reduzir a dependência de uma única fonte.
• Criar planos de contingência para estar preparado para possíveis impactos de eventos inesperados.
• Monitorar continuamente, utilizando ferramentas de análises de dados que visualizam indicadores de risco em tempo real e entregam respostas ágeis.

Uso de softwares de gestão avançados

Como aliada, a tecnologia automatiza a gestão da cadeia de suprimentos. Atualmente, softwares avançados, como as ERPs, oferecem muitas vantagens, como:

• Integração de dados em uma única plataforma.
• Visibilidade de relatórios em tempo real.
• Automatização de processos.
• Tomada de decisão baseada em dados precisos e atualizados.

Acompanhando as tendências de mercado, o ERP fornecido pela Brasão Sistemas oferece soluções verdadeiramente integradas, utilizando diferentes módulos que contribuem para melhorar a performance do seu negócio.

Com o módulo de Business Intelligence, por exemplo, sua empresa integra informações de diferentes áreas — como vendas, finanças, orçamentos e custos — através de dashboards e relatórios, facilitando a leitura de dados e tomada de decisão.

Gestão inteligente de estoques

Uma das maneiras de gerar economias significativas e melhorar a satisfação do cliente é realizando uma gestão inteligente de estoque. Práticas como o Just-in-Time (JIT) e Curva ABC reduzem custos com armazenamento e ajudam a priorizar itens essenciais para a operação.

Um ERP integrado facilita esse controle ao consolidar dados em tempo real sobre níveis de estoque, previsões de demanda e movimentação de produtos. Com ele, é possível ajustar os pedidos de reposição no momento certo, evitar excessos ou falta de mercadorias e melhorar o fluxo logístico. 

Além disso, ao conectar todas as áreas da empresa, o ERP melhora a comunicação entre setores como compras, vendas e produção, tornando o processo mais ágil e estratégico.

Relacionamento qualificado com fornecedores

Parceiros estratégicos na cadeia de suprimentos, os fornecedores são um importante elo para o funcionamento correto de uma empresa. Por isso, um relacionamento sólido garante qualidade, prazos e custos satisfatórios. 

Boas práticas incluem: 

• Comunicação transparente para manter o diálogo aberto e alinhar expectativas para resolver problemas rapidamente;
• Avaliação de desempenho para monitorar pontualidade e qualidade do serviço;
• Estabelecer parcerias de longo prazo que desenvolvam mais do que apenas transações comerciais, mas também um conjunto de produtos e processos.

Logística omnichannel

A demanda de consumidores por soluções mais integradas é, talvez, um dos principais desafios das empresas atualmente. 

Por conta disso, a logística omnichannel garante a integração de canais, com a unificação de estoques online e offline, gerindo centros de distribuição e tecnologias de rastreamento, para garantir entregas rápidas e flexíveis.

Checklist para saber como está a sua gestão da cadeia de suprimentos

É importante analisar a gestão da cadeia de suprimentos para entender se a empresa está aproveitando todo o seu potencial. Para isso, é essencial revisar constantemente aspectos como:

Quais produtos do seu estoque estão perto de vencer?

O controle de validade é um desafio constante, especialmente para indústrias alimentícias, farmacêuticas e varejistas que lidam com produtos perecíveis.Analise:

• O seu sistema de estoque sinaliza automaticamente quando um produto está perto do vencimento?

• Existe um controle de lotes e rastreabilidade para evitar perdas?

• A empresa adota estratégias para reduzir desperdícios, como promoções para giro rápido de itens próximos da validade?

• Há uma política estruturada para devolução ou reaproveitamento de produtos vencidos?

Se essas questões não estão bem resolvidas, a empresa pode estar absorvendo prejuízos desnecessários.

Quando um pedido grande chega, você sabe se tem matéria-prima suficiente?

Pedidos inesperados ou sazonais podem desorganizar todo o fluxo operacional se não houver um planejamento adequado de insumos. Para evitar falhas, considere os seguintes pontos:

• O seu sistema de gestão tem controle preciso do consumo de matéria-prima?

• Há um planejamento de demanda baseado em históricos de vendas e sazonalidade?

• Os fornecedores são consultados com antecedência para cobrir entregas rápidas?

• Existe um plano de contingência caso a demanda seja maior do que o previsto?

Empresas que não monitoram esses fatores correm o risco de perder vendas, atrasar entregas ou pagar preços mais altos em compras emergenciais.

Se um fornecedor atrasar, você é notificado imediatamente?

Mesmo se planejando, atrasos na entrega de insumos podem acontecer e comprometem toda a cadeia produtiva. Ter um acompanhamento eficiente das operações dos fornecedores reduz riscos de paradas e mantém a previsibilidade, além da satisfação dos clientes. Pergunte-se:

• O seu sistema avisa quando um pedido está demorando mais do que o esperado?

• Há diversificação de fornecedores para evitar dependência de um único parceiro?

• Existe um SLA (Acordo de Nível de Serviço) bem definido com prazos e penalidades para atrasos?

• Os pedidos são programados com margem de segurança para imprevistos?

Há softwares com IA para dar insights em tempo real?

Tecnologias baseadas em inteligência artificial já são realidade para prever oscilações de demanda, evitar desperdícios e sugerir compras no momento certo. Para saber se a empresa está aproveitando esses avanços:

• O ERP ou software de gestão possui módulos de previsão de demanda baseados em aprendizado de máquina?

• Existe um sistema que analisa padrões de compra e sugere pedidos antes que faltem produtos?

• A tecnologia ajuda a calcular o melhor momento para repor estoques com base em tendências de mercado?

• Há dashboards que consolidam todas as informações para evitar decisões baseadas apenas em intuição?

• O histórico de vendas e consumo de matéria-prima são usados para projetar compras futuras?

Empresas que ainda fazem a gestão da cadeia de suprimentos manualmente estão perdendo oportunidades de otimização e enfrentam gargalos operacionais que poderiam ser evitados.

Conclusão

A gestão da cadeia de suprimentos é um processo bastante complexo, mas que vem sofrendo muitas transformações com a chegada de novas tecnologias. Adotando as melhores práticas, como descritas acima, sua empresa garante a criação de uma cadeia ágil, produtiva e resiliente, capaz de enfrentar desafios do presente enquanto se prepara para o futuro.

Com a integração de tecnologias avançadas e o foco contínuo na melhoria, empresas se mantêm à frente do mercado e alcançaram novos patamares de competitividade e satisfação do cliente.

Melhore a gestão da cadeia de suprimentos da sua empresa agora! Entre em contato com a Brasão e esteja um passo à frente de seus competidores.