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Sustentabilidade na indústria do plástico: como superar esse desafio

Gestão Industrial 08.11.2019 5 minutos de leitura Voltar
Sustentabilidade na indústria do plástico

O plástico é usado há anos como matéria-prima para a produção em diversos segmentos, substituindo, inclusive, outros tipos de insumos, como vidro, madeira e aço. Isso ocorre porque ele é mais leve e barato, apresenta elevada resistência mecânica e química e é 100% reciclável. No entanto, por mais que este produto faça parte do nosso convívio, vivemos um momento em que a busca pela sustentabilidade na indústria do plástico é um desafio a ser superado. 

Há questões em que não há mais discussão, como no caso dos canudos descartáveis. O movimento para abolir o produto começou no Rio de Janeiro e se espalhou pelo Brasil. Hoje, mesmo em cidades onde não há lei, muitos estabelecimentos já deixaram de oferecer o item. Porém, o conceito de sustentabilidade não se resume a parar de usar canudos, especialmente quando falamos de todo um setor econômico. 

As práticas sustentáveis precisam estar ligadas aos processos operacionais, garantindo que haja um comprometimento da indústria com a preservação ambiental. Por isso, a inclusão de tecnologias de ponta nos meios de produção, a otimização de processos, o implemento de inteligência no mapeamento do ciclo de vida dos produtos, o descarte adequado e a coleta seletiva de resíduos, entre outros, contribuem diretamente para promover a sustentabilidade na indústria do plástico. 

Como promover a sustentabilidade na indústria do plástico

Há muitas pessoas que olham para o plástico como um vilão, mas ele não é. A indústria de polímeros passou por uma verdadeira revolução com a descoberta dos compostos termoplásticos, que são muito mais maleáveis e adaptáveis que outras matérias-primas. Hoje, eles são usados praticamente em todos os outros segmentos industriais, como automotivo, moveleiro, hospitalar, eletroeletrônico e da construção civil. O problema está em sua destinação final. 

Enquanto o mercado recicla 86% da produção global de aço, 76% da de alumínio e 40% da de vidro, a reciclagem de plástico chega a apenas 4%. Levando em consideração que estamos falando de um insumo 100% reciclável e que pode ser utilizado em inúmeras ações e produtos repetidas vezes, esse número é inaceitável. A boa notícia é que essa situação pode mudar. 

Listamos algumas ações para reverter essa condição e atender as demandas da sustentabilidade na indústria do plástico:

1 – Implemente a logística reversa

A Política Nacional de Resíduos Sólidos define a logística reversa como um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outro ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. 

Diante do conceito, é interessante que os fabricantes considerem investir em políticas de logísticas reversa, como a coleta de resíduos de seus produtos para encaminhamento à reciclagem e ao reuso, o que pode gerar, inclusive, economia na compra de nova matéria-prima. Essa prática acaba servindo de exemplo ao consumidor quanto à necessidade do descarte responsável. 

2 – Separe e reutilize de materiais

Se há preocupação em reciclar, é necessário também cuidar da correta separação dos resíduos para garantir a qualidade e a manutenção das características do produto final. Por isso, o gerenciamento adequado desses itens e de suas concentrações é um diferencial de qualidade da indústria do plástico. Nunca esqueça de manter tudo muito bem identificado. 

Além disso, é importante que cada tipo de material tenha seu espaço demarcado, por causa da diversidade de composições. Então, mantenha um local com capacidade suficiente para receber todo o refugo da fábrica, lembrando que a segregação dos materiais a serem reciclados também contribui para o melhor aproveitamento da capacidade produtiva das máquinas, já que cada material é mais adequado para um tipo de equipamento. 

3 – Faça uma gestão voltada à ecoeficiência

Há um campo abrangente em termos de ecoeficiência para a indústria do plástico. Para ficar mais claro, vamos dar exemplos de algumas atividades produtivas que fazem um uso mais eficiente de recursos, o que acaba gerando uma economia de matérias-primas e insumos. 

  • Automação da coleta de dados e monitoramento on-line de quantidades, motivos, índices e alarmes de refugo e retrabalho, que alertam o operador e os líderes para que eles reajam rapidamente às perdas que estão ocorrendo no turno;
  • Controle estatístico do processo para monitoramento de variação de peso em processo de extrusão, sopro e injeção, que alerta operadores para tendências da geração de produtos com sobrepeso;
  • Automação da coleta de dados de lotes consumidos e produzidos para a rastreabilidade eletrônica da produção, agilizando a tomada de ação sobre lotes com defeito.

4 – O ciclo de vida do produto e a pegada ecológica

Fazer a mensuração e avaliação da pegada ecológica daquilo que se produz também é um caminho para adotar a sustentabilidade na indústria do plástico. Com isso, é possível conhecer o impacto ou a consequência gerada no meio ambiente a partir da fabricação de um produto. 

E para fazer essa mensuração, o principal recurso é a Análise do Ciclo de vida, que possibilita que a empresa avalie o impacto ambiental total de um produto em todas as suas etapas, desde a extração de matérias-primas até a gestão de resíduos no pós-consumo. 

5 – Desenvolvimento de produtos a partir do ecodesign

A adoção de estratégias de ecodesign ainda na etapa de seu desenho é uma das grandes tendências das indústria do plástico em termos de sustentabilidade. Com isso, os produtos são idealizados pensando no uso mais consciente e intensivo de recursos naturais. E também já é planejado um descarte ou reuso que gere menos impacto ambiental. 

Como um ERP ajuda em todo esse processo

Toda mudança precisa de planejamento e organização. Se a sua indústria vai iniciar um processo para atender as demandas da sustentabilidade, ela vai precisar entender em que momento está, o que já tem neste sentido e o que vai precisar correr atrás. Com um bom ERP, que concentre as informações de todas as áreas da empresa, ter esse conhecimento em mãos fica muito mais fácil. 

Aqui na Brasão, oferecemos o ERP Radar Empresarial, uma solução completa, que integra de maneira inteligente todas as áreas da empresa, como materiais, produção, custos, serviços, controladoria e qualidade. Com ela, por exemplo, você tem modelos de relatórios para gerenciamento de necessidades e demandas da produção, de refugos, além de comparativos entre produção programada e realizada e controle de industrialização em terceiros. 

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