O que é e por que trabalhar com a lógica de centro de custos na empresa?
Fazer uma boa gestão financeira é essencial para manter as operações de uma empresa e fazer com que ela cresça de maneira saudável. Mas esse processo vai muito além de conferir as receitas e as despesas no fim do mês. É preciso fazer uma gestão estratégica, que mais do que comparar números, também atue para melhorá-los. E é justamente aí que a lógica de centro de custos pode ajudar.
O que é um centro de custos
A lógica do centro de custos se baseia na distinção das receitas e das despesas da empresa por setor ou projeto, a fim de otimizar a análise e a tomada de decisão a respeito desses fatores. Desse modo, cada um dos setores ou projetos representa um centro de custos, que funciona como uma empresa independente, com receitas e despesas isoladas para serem melhor analisadas.
Para entender de forma simples como isso ocorre na prática, imagine como funciona o orçamento doméstico. Alimentação, despesas básicas (energia, telefone, internet, água), lazer (cinema, festas, viagens) e despesas com saúde são como centros de custos. Quando você percebe, por exemplo, que os gastos com alimentação estão exagerados, é mais fácil economizar nesse fator, não é?
Agora, se você não tem um controle sobre cada um desses centros de custos, fica mais difícil perceber qual é a origem do aumento nos gastos totais da casa. E aí, consequentemente, a tarefa de reduzi-los também acaba sendo mais complexa. É nesse mesmo sentido que os centros de custos funcionam no meio empresarial: ao separar as despesas e as receitas por setor ou projeto, é mais fácil analisá-las e agir para otimizá-las.
Os centros de custos podem ser classificados como produtivos e não produtivos. Os primeiros são os relacionados às áreas ou aos projetos que impactam diretamente na entrada de receitas no negócio, como os setores de produção e de vendas que, embora também gerem despesas, influenciam muito na geração de recursos. Dessa forma, costumam ter fechamento com resultados positivos.
Já os centros de custos não produtivos são aqueles que não têm influência direta sobre a geração de receitas e que, normalmente, geram apenas despesas. É o caso de departamentos como o financeiro, o jurídico e o RH. Isso não quer dizer, é claro, que eles são menos importantes. Essa distinção é feita apenas para entender que, nesses setores, é comum que o resultado do fechamento seja negativo.
Por que trabalhar com a lógica de centro de custos
Fazer a gestão financeira da sua empresa a partir da lógica de centro de custos pode trazer diversos benefícios. Como vimos, a maior facilidade na análise das receitas e das despesas do negócio é uma das principais vantagens desse método, já que as informações são mais refinadas, tornando a análise mais detalhada e segura para a tomada de decisão.
Com esse detalhamento dos dados, é possível identificar oportunidades de melhorias e tornar toda a empresa mais sustentável financeiramente. Ao perceber que o setor jurídico teve um aumento de gastos, por exemplo, o gestor do setor e as demais lideranças podem investigar as causas e agir para controlá-las, o que poderia não acontecer se análise das finanças fosse feita levando em conta apenas o total geral.
Outro benefício é que a lógica de centro de custos cria uma responsabilidade compartilhada entre os setores. Afinal, quando os líderes de cada um deles sabem as receitas e as despesas que a sua área representa e a relevância que ela tem, podem se sentir mais engajados e com um senso de responsabilidade maior sobre os resultados da empresa, contribuindo ainda mais para melhorá-los.
Como definir um centro de custos
A lógica de centro de custos pode ser utilizada em empreendimentos de qualquer porte e segmento. O importante é que os centros de custos sejam estabelecidos de forma eficiente para oferecer o melhor nível de informações para os gestores e trazer todos os benefícios sobre os quais falamos. Para ver como isso ocorre na prática, vamos imaginar como seria a organização dos centros de custos em uma pequena fábrica de brinquedos, por exemplo.
Suponhamos que essa empresa produz 200 brinquedos por mês, entre carrinhos, bonecas e bolas, em um processo que envolve sete funcionários no setor produtivo. Além deles, a fábrica também conta com um profissional no comercial, outro no financeiro/RH, um colaborador no estoque e logística e um contador terceirizado.
Nesse contexto, há diversos modos de definir os centros de custos. Uma possibilidade é a divisão por projetos, classificando-os em centro de custos bolas, centro de custos carrinhos e centro de custos bonecas. Outra maneira é estruturar os centros por áreas, como a produção, que poderia englobar os setores produtivo e logística, e a administração, que envolveria todos os outros.
Por fim, você ainda poderia definir um centro de custos para cada departamento, ou seja, o centro de custos produção, o centro de custos estoque, o centro de custos RH e assim por diante. Quanto mais detalhada é essa separação, mais facilidade você tem para analisar os números de cada centro de custos e verificar suas receitas e despesas.
Como vimos, a lógica de centro de custos não é difícil de ser implementada e pode trazer resultados positivos para o seu negócio. Por isso, avalie esse método e reflita sobre como ele poderia ajudar a sua empresa. Com certeza, você terá benefícios ao utilizá-lo!
Se você tem dúvidas nesse processo ou quer saber mais sobre o assunto, deixe seu comentário aqui embaixo. E lembre-se de que a Brasão está à disposição para ajudar você oferecendo um software de gestão empresarial com diversas funcionalidades que podem otimizar a administração financeira do seu negócio. Acesse o nosso site ou entre em contato conosco para saber mais!